Pelo segundo dia seguido, o mundo bateu um recorde de temperatura média. Enquanto os Estados Unidos celebravam o Dia da Independência, o mundo registrava um recorde que não merece comemoração. Na última terça-feira (4) foi o dia mais quente do planeta desde que a temperatura média da Terra passou a ser medida, em 1979.
Na segunda-feira (3), a temperatura média já tinha batido 17,01º C. Na terça, subiu para 17,18º C. Antes disso, a maior média registrada tinha sido em 2016, com 16,92º C.
Os cientistas avisam: terça-feira (4) pode ter sido o dia mais quente da Terra em 125 mil anos. E mais: nas próximas seis semanas, o recorde ainda deve ser batido algumas vezes.
Nos Estados Unidos, pelo menos 57 milhões de pessoas foram expostas a temperaturas perigosas para a saúde. Na China, há uma onda de calor escaldante. No Ártico, a temperatura estava 10º C acima da média. E na Ilha de Nares, na Groenlândia, toda a camada de neve derreteu em apenas 4 dias. Sobraram só as calotas de gelo.
No norte da África, terça-feira, os termômetros bateram os 50º C. E no Hemisfério Sul, onde é inverno, a Antártica está menos gelada do que o normal.
Os recordes são produzidos pela combinação de três fatores: as mudanças climáticas, provocadas pelos gases causadores do efeito estufa, a volta do El Niño – que aquece as águas do Oceano Pacífico e altera temporariamente a distribuição de umidade e calor no planeta a cada 5 ou 7 anos – e o início do verão no Hemisfério Norte.
A recomendação é: se proteger do sol, usar muito filtro solar e se manter muito bem hidratado – se possível, com muito bom humor.