A cobrança da Taxa de Limpeza Pública (TLP), conhecida como taxa do lixo, em Goiânia não começará enquanto não houver segurança sobre a precisão dos dados que embasam o cálculo do tributo. A afirmação foi feita nesta terça-feira (1º) pelo prefeito Sandro Mabel (União Brasil), durante coletiva de imprensa no lançamento da campanha de vacinação contra influenza na capital.

Sistema ainda apresenta falhas

Segundo o prefeito, o sistema de integração entre a Prefeitura e a Saneago — responsável por incluir a taxa na conta de água — ainda apresenta inconsistências, o que pode resultar em cobranças equivocadas.

“A taxa do lixo não pode ser colocada de qualquer jeito. Nós temos que estudar bem, temos que fazer uma coisa justa”, afirmou.

Cobrança poderá começar a partir de junho

Apesar da previsão inicial para iniciar a cobrança em abril, Mabel indicou que o tributo pode ser adiado para os próximos meses. “Mesmo que a gente perca um mês, dois, três, não tem problema. Queremos fazer algo em que o contribuinte não pague mais do que deve pagar”, garantiu. O secretário municipal da Fazenda, Valdivino Oliveira, confirmou que a nova previsão é iniciar a cobrança em junho, diretamente na fatura de água.

Sem cobrança retroativa

O prefeito também assegurou que não haverá cobrança retroativa da taxa. A gestão municipal está disposta a abrir mão da arrecadação dos primeiros meses do ano, caso seja necessário.

“A Prefeitura vai perder a taxa do lixo de abril para frente, porque não adianta eu lançar de qualquer jeito e criar mais problemas. Vamos lançar justo e colocá-la para funcionar”, disse Mabel.

Como será calculada a TLP?

A taxa será aplicada a aproximadamente 785 mil imóveis da cidade, com base na metragem dos imóveis. A expectativa da Secretaria Municipal de Finanças é arrecadar R$ 270 milhões por ano, montante que será destinado ao custeio da limpeza urbana de Goiânia.

A medida, apesar de polêmica, busca criar uma fonte de financiamento estável para os serviços de coleta e destinação de resíduos sólidos, com foco na sustentabilidade fiscal e urbana.