O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP) são os favoritos para assumir as Presidências da Câmara e do Senado nas próximas eleições, que acontecem em 1º de fevereiro. O dia marca o fim dos mandatos dos atuais presidentes das Casas: Arthur Lira (PP-AL), na Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Senado. Ambos apoiam Motta e Alcolumbre como respectivos sucessores.
Ambos os candidatos, apontados como favoritos, contam com o apoio dos atuais líderes para comandar as Casas pelos próximos dois anos. Apesar de possuírem, hoje, a maior parcela de apoio dentro do Congresso Nacional, os dois contam com adversários na disputa.

Para o Senado da República, Alcolumbre enfrenta os senadores Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE). Já Motta tem como adversários, na Câmara Federal, os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ).
Conhecê-los-emos
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Hugo Motta
Apoiado por Arthur Lira para sucedê-lo no cargo, Hugo Motta Wanderley da Nóbrega, de 35 anos, está no quarto mandato consecutivo como deputado federal. Motta nasceu em João Pessoa, em 11 de setembro de 1989. Em 2007, iniciou a graduação pela Faculdade de Medicina Nova Esperança, na capital paraibana, e chegou a transferir o curso para a Universidade Católica de Brasília (UCB), na capital federal, em 2011, tendo concluído o curso em 2013.
Ele começou a carreira política no MDB, em 2005, ao se filiar ao partido, mas já contava com uma tradição familiar no setor. A avó materna, Francisca Motta, por exemplo, foi prefeita da cidade de Patos (PB) entre 2013 e 2016, além de eleita deputada federal seis vezes. Já o avô materno compôs a Assembleia Legislativa da Paraíba cinco vezes, além de contar com dois mandatos como deputado federal na Câmara.
Por fim, em 2022, foi reeleito com 158 171 votos, sendo, na época, o parlamentar mais votado do estado. Foi presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, em 2014. Também esteve à frente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que aconteceu em 2015.
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Davi Alcolumbre
De origem judaica, David Samuel Alcolumbre Tobelem nasceu em 19 de junho de 1977, em Macapá. Ele começou, mas não concluiu o curso de Ciências Econômicas no Centro de Ensino Superior do Amapá (Ceap), e chegou a atuar como comerciante.
Assumiu o seu primeiro cargo político em 2001, como vereador da capital amapaense, aos 24 anos. Na época, era filiado ao PDT. Em 2002, foi eleito deputado federal, permanecendo na casa por três mandatos consecutivos. Em 2006, migrou para o PFL, que posteriormente passou a se chamar Democratas e hoje é União Brasil. Dentro do seu mandato como deputado, tirou licença em 2009 para assumir a Secretaria de Obras e Serviços Públicos de Macapá.
Em outubro de 2019, Alcolumbre chegou a assumir a Presidência da República de forma interina. Na época, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e o seu vice, Hamilton Mourão (Republicanos), [hoje Hamilton é senador pelo estado do Rio Grande do Sul] estavam fora do país, assim como o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PSDB-RJ). Hoje, ele é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e conta com o apoio de sete bancadas para a eleição.
Eleição
O pleito do próximo sábado elegerá não apenas o presidente de cada uma das casas, mas também os sucessores dos demais componentes das mesas diretoras da Câmara e do Senado, que incluem os cargos de 1° vice-presidente, 2° vice-presidente, além dos 1°, 2°, 3° e 4° secretários e quatro suplentes. A mesa é um órgão interno responsável pela organização dos trabalhos administrativos e burocráticos de cada instituição.
A eleição para os seus integrantes se dá de forma separada à do presidente, ou seja, eles concorrem em chapas separadas, embora o processo se dê na mesma data. Os membros eleitos deverão exercer o mandato pelo biênio 2025/2027. Para conquistar o cargo no Senado, qualquer candidato precisa do voto de 41 senadores; outrossim, na Câmara dos Deputados, é necessário que haja quórum de 257 deputados para que seja iniciada a votação.
Fonte: CNN e Brasil de Fato (com adaptações)