O candidato à Prefeitura de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) durante pronunciamento após a divulgação do resultado do segundo turno das eleições de São Paulo eleições 2024. O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), foi reeleito neste domingo, dia 27, para mais quatro anos de mandato à frente da Prefeitura paulistana, derrotando o candidato do PSol, Guilherme Boulos. Com 100% das urnas apuradas, Nunes conquistou 59,35% dos votos, enquanto Boulos somou 40,65%, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A reeleição do emedebista representa uma importante vitória política do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que mergulhou na campanha no momento em que o emedebista se via ameaçado pela candidatura do influenciador Pablo Marçal (PRTB), no primeiro turno, a despeito do distanciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que indicou o agora vice-prefeito eleito, Coronel Mello Araújo (PL).
Vejamos
Por volta das 18h40min, Nunes chegou ao clube em Santo Amaro onde a sua equipe aguardava para a festa da vitória e comemorou a reeleição dando um abraço em Tarcísio. Nunes é o terceiro prefeito que consegue se reeleger na história da capital — antes dele, apenas Gilberto Kassab (PSD), em 2008, e Bruno Covas (PSDB), em 2020, conseguiram o feito.
Nunes assumiu a Prefeitura, em maio de 2021, prometendo preservar o “legado” de Bruno Covas, embora tenha sido criticado por parte dos tucanos, que o acusaram de fazer o oposto, especialmente após o emedebista se aproximar de Bolsonaro, em 2022. O grupo dissidente acabou lançando a candidatura do apresentador José Luiz Datena, que ficou apenas em quinto lugar no primeiro turno.
Agora, o prefeito reeleito, que anteriormente ocupou dois mandatos como vereador, deverá imprimir o seu próprio ritmo à administração, sem a sombra do antecessor, mas com uma pressão para abrir mais espaço na Prefeitura para os aliados do PL de Valdemar Costa Neto, incluindo a ala bolsonarista do partido. A vitória de Nunes veio após uma campanha pautada por estratégias tradicionais, buscando apoio tanto do eleitorado conservador de centro-direita quanto dos mais radicais da extrema direita, com o objetivo de garantir o maior tempo possível na propaganda de rádio e tevê.
Fonte: Metrópoles (com adaptações)