Retrospectiva 2024: Um Ano de Extremismos, Desafios e Retrocessos no Brasil e no Mundo

2024: Um ano de extremos, desafios e retrocessos, onde o Brasil enfrentou crises ambientais, políticas e econômicas que marcaram um período de grandes turbulências.

O ano de 2024 foi marcado por extremos, com eventos que afetaram o Brasil e o mundo de forma alarmante. Historicamente, nunca se viu um ano como este em termos de transformações climáticas, com o planeta atingindo as mais altas temperaturas já registradas. As catástrofes naturais, como enchentes, secas e queimadas, tiveram impacto devastador, especialmente no Brasil, com a destruição no Rio Grande do Sul e o fogo incontrolável no Pantanal e na Amazônia, colocando em evidência a negligência e a irresponsabilidade com o meio ambiente.

No campo político, o Brasil viveu momentos de grande tensão, refletidos no vergonhoso movimento golpista de 8 de janeiro de 2023, que revelou planos de assassinato do presidente Lula e outras figuras-chave do governo. Esse evento mostrou a tentativa de retroceder ao regime militar, um período de repressão e opressão, como é evidenciado pelo filme Ainda Estou Aqui, que retrata a luta contra a ditadura.

Além disso, a gestão do governo Lula enfrentou críticas pela condução da economia, com falta de controle nas contas públicas, aumento do populismo e uma gestão que, segundo críticos, não conseguiu implementar reformas efetivas para tirar o povo da miséria. Apesar da redução do desemprego e algumas vitórias econômicas, como a reforma tributária, a saúde, o meio ambiente e a gestão pública foram áreas que marcaram recordes negativos.

Desafios no Brasil em 2024

Em 2024, o Brasil viu uma crise na saúde, com mais de 6,2 milhões de casos de dengue, resultando em quase 6 mil mortes, um aumento alarmante de 400% em relação ao ano anterior. A área queimada no Brasil, especialmente na Amazônia, alcançou 29,7 milhões de hectares, um aumento de 93% em comparação com o ano anterior, o que destacou o agravamento das queimadas e a destruição do meio ambiente.

A gestão das estatais federais também foi um ponto crítico, com um déficit de R$ 3,3 bilhões nas contas, o maior rombo em 15 anos. Empresas, como os Correios, que no passado haviam dado lucro, sofreram com uma gestão ineficaz. O sistema previdenciário também foi afetado, com uma fila de 1,7 milhão de pedidos de benefícios e o tempo de espera para concessão aumentando.

A economia foi impactada pela alta do dólar, que ultrapassou os R$ 6,30, aumentando os preços de produtos importados e gerando inflação. Essa situação afetou negativamente os brasileiros, reduzindo a oferta de commodities no mercado interno, como soja e milho.

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Desaprovacão do Governo Lula

O governo Lula, apesar das vitórias, enfrentou um alto nível de desaprovação. De acordo com a pesquisa PoderData, 48% dos brasileiros desaprovam a gestão, o maior percentual desde o início do mandato, superando os 45% de aprovação. Esse cenário reflete a insatisfação com os rumos do governo em áreas cruciais para a população.

Claudio Reis/Getty Images

Política Brasileira: Vitória da Direita e Derrotas para a Esquerda

Politicamente, o ano foi marcado pelo fortalecimento da direita e centro-direita nas eleições municipais. O Centrão, com o PSD de Gilberto Kassab, conquistou o maior número de prefeituras, incluindo capitais como Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte. O PT, por outro lado, registrou um crescimento nas prefeituras, mas perdeu a relevância nas grandes cidades, com destaque para a vitória em Fortaleza.

O PL de Jair Bolsonaro teve um bom desempenho, mas sofreu derrotas em algumas capitais importantes. A direita tradicional, com governadores como Ronaldo Caiado e Ratinho Júnior, se destacou ao se distanciar do bolsonarismo, mostrando um novo caminho para o campo político da direita.

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Conclusão: Um Ano de Desafios e Retrocessos

Em um ano de intensos desafios no Brasil e no mundo, 2024 ficará marcado como um período de extremos e retrocessos, especialmente nas áreas de meio ambiente, saúde e economia. As escolhas feitas agora terão impactos duradouros, e é essencial que, em 2025, os avanços sejam feitos com base em políticas mais eficazes e sustentáveis, com foco no bem-estar da população e na preservação do planeta.

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