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Antes mesmo de o Projeto de Lei que institui o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) ter sido sancionado pelo Presidente da República e se tornar lei, o governador Romeu Zema já anunciou, em entrevista coletiva, que pretende transferir para o governo federal a participação do Estado de Minas Gerais em três de nossas estatais: a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).
Não é de hoje que o governador Zema tem defendido essa alternativa, que dilapida o patrimônio dos mineiros – e o que é mais grave: sem qualquer consulta concreta à população do nosso estado, como determina a legislação em vigor. Atualmente, por exemplo, o único recurso disponível em Minas para investimento no Estado vem da Codemig, o que demonstra a gravidade das consequências desse potencial má escolha do governador para o futuro de nosso povo.
Além de haver outras possibilidades menos danosas, como a utilização desses ativos como garantia do cumprimento do contrato de refinanciamento, somos obrigados a lembrar o governador Zema que o governo federal não tem vocação alguma para administrar estatais, muito menos estatais que prestam serviços básicos à população, como distribuição de energia e saneamento. Muito ao contrário.
De acordo com dados divulgados pelo Banco Central no mês passado, o déficit primário das estatais, apenas no período compreendido entre janeiro e setembro desse ano, chegou a R$ 7,4 bilhões. E esse número não inclui a Petrobras, a Eletrobras e os bancos públicos. Trata-se do pior resultado para o período desde o início da série histórica, em 2002.
Também é bastante conhecida a especialidade dos governos petistas em destinar vagas em estatais para gente do partido, alinhada ou a serviço do partido. Vagas em conselhos de estatais valem jetons polpudos e também a possibilidade de interferência em negócios que, muitas vezes, envolvem bilhões de reais.
É a esses riscos nada desprezíveis que o governador Zema pretende expor o povo mineiro: gestão incompetente e exploração do aparato estatal em favor de interesses partidários e pessoais pelo PT, gerando a destruição das nossas empresas e uma péssima prestação de serviços, em prejuízo de todos. Depois, a conta ainda será deixada para os trabalhadores dessas mesmas empresas e para o povo mineiro pagar por anos ou até mesmo décadas.
Fonte: Assessoria de Imprensa (com adaptações)