PL do Senado proíbe farmácias e drogarias de exigir dados pessoais para dar descontos

Rogério Carvalho diz que restrição não se aplicaria a descontos de laboratórios nos programas de fidelidade; entenda

Foto: Reprodução

Com foco na proteção de dados e privacidade dos consumidores, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) apresentou projeto que proíbe farmácias e drogarias de condicionarem descontos ao fornecimento de dados pessoais de clientes, como CPF, e-mail e dados biométricos. A proposta também estabelece a proibição de compartilhamento desses dados com terceiros ou a utilização para finalidades não relacionadas à assistência farmacêutica.

 

Senador Rogério Carvalho (PT-SE) | Foto: Arquivo O Globo
Senador Rogério Carvalho (PT-SE) | Foto: Arquivo O Globo

 

O projeto (PL 3.419/2024) altera o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078, de 1990) e está aguardando designação do relator na Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD). Posteriormente, se aprovado, o projeto passará pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC). Essas instituições argumentam que a prática é abusiva e pode resultar em discriminação ilegal, além de levantar questões sobre a veracidade dos descontos oferecidos que, em muitos casos, são fictícios.

No seu requerimento, o senador explica que as proibições não se estendem aos descontos concedidos por laboratórios farmacêuticos em programas de fidelidade. Assim, nesses programas, que oferecem benefícios reais por meio de descontos efetivos e não fictícios, os consumidores poderão fornecer seus dados pessoais em troca de descontos, sem que as farmácias e as drogarias infrinjam as restrições estabelecidas.

 

Fonte: Agência Senado (com adaptações)

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