No Senado, atualização de acordo Brasil-China sobre bitributação e evasão fiscal vai ao Plenário

A proposta mantém o poder de tributação na fonte sobre rendimentos como os de serviços técnicos; saiba mais

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A Comissão de Relações Exteriores (CRE) deu parecer favorável, nesta quinta-feira, dia 27, ao PDL 343/2024, Projeto de Decreto Legislativo que atualiza um acordo feito entre Brasil e China para evitar a dupla tributação de imposto de renda e prevenir a evasão fiscal. Agora a proposta segue para análise no Plenário do Senado.

Durante a análise na CRE, o projeto contou com o apoio da relatora da matéria, senadora Tereza Cristina (PP-MS), responsável pelo parecer favorável. O texto que vai ao Plenário atualiza o acordo entre Brasil e China destinado a evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em matéria de impostos sobre a renda, assim como o seu protocolo, assinado em 1991, adequando-o aos novos padrões internacionais de cooperação tributária.

 

Senadora da República Tereza Cristina (PP-MS) | Foto: Reprodução
Senadora da República Tereza Cristina (PP-MS) | Foto: Reprodução

 

“A atualização do acordo poderá criar ambiente mais favorável para que empresas brasileiras com atuação internacional possam operar com maior segurança jurídica”, ressaltou a relatora.

O novo protocolo, assinado em 2022, insere dispositivos alinhados ao Projeto Beps (Base Erosion and Profit Shifting) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que combate práticas de elisão e evasão fiscal internacional. A proposta mantém o poder de tributação na fonte sobre rendimentos como os de serviços técnicos, assistência técnica e ganhos de capital, estabelecendo limites claros para a tributação de dividendos, juros e royalties.

O objetivo seria garantir segurança jurídica para os investidores e evitar a bitributação. Ademais, o documento procura fortalecer os mecanismos de cooperação entre as administrações tributárias dos dois países, incluindo novas regras sobre procedimento amigável e troca de informações, essenciais para enfrentar fraudes fiscais e promover transparência.

A congressista elogiou a proposta por, segundo ela, promover um ambiente mais favorável ao investimento mútuo. A senadora destacou que a China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009 e o maior investidor estrangeiro no país, e que a atualização do acordo impulsiona ainda mais esse relacionamento, especialmente no setor agropecuário.

 

Fonte: Agência Senado (com adaptações)

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