Parlamentares da oposição ao governo usaram o ato deste domingo, dia 6, na avenida Paulista, na capital paulistana, para pressionar o presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar a votação do Projeto de Lei que anistia os presos que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou das manifestações.
Um deputado do PL usou governadores para dizer que partidos na Câmara apoiam a anistia. O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou que Motta será pautado pela maioria dos deputados e perguntou aos governadores se as siglas apoiavam o projeto na Casa.
Ora, sete governadores participaram do ano na avenida Paulista. Pouco antes da manifestação, Bolsonaro se reuniu com apoiadores. São eles: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, Ronaldo Caiado (União), de Goiás, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, Mauro Mendes (União Brasil), de Mato Grosso, e Wilson Lima (União), do Amazonas.

Questionado por Côrtes, quatro políticos da direita e centrão disseram que os partidos apoiam a anistia. Tarcísio, Valdemar Costa (presidente do PL), Caiado e Zema responderam que as suas respectivas siglas endossam o projeto. Apenas Ratinho Jr. quando foi chamado, não estava no carro de som.
Na Casa do Povo, em Brasília
Líder da Câmara diz que já tem o apoio de 162 deputados. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) está colhendo assinaturas individuais dos parlamentares para apresentar o requerimento de urgência do projeto da anistia no plenário da Câmara. São necessárias 257 rubricas. Caso o pedido seja aprovado, a proposta poderá ser incluída na ordem do dia e votada a qualquer momento.
Sem o apoio dos líderes do Centrão, o PL mudou a estratégia. A ideia de coletar as assinaturas individuais começou após as lideranças de partidos de Centro se recusarem a assinar o requerimento.
Fonte: UOL (adaptado)