Cientistas do Scan Pyramids, um projeto que visa estudar passagens e detalhes arquitetônicos das pirâmides do Egito, divulgaram na última quinta-feira (02) suas últimas descobertas nos antigos monumentos. Utilizando tecnologias avançadas de escaneamento, os pesquisadores encontraram um corredor oculto na Grande Pirâmide de Gizé.

Na maior e mais antiga pirâmide — também conhecida como Pirâmide de Quéops —, um corredor se estende por nove metros próximo à entrada principal utilizada pelos turistas atualmente. A área permaneceu desconhecida por milhares de anos, e finalmente apareceu durante uma pesquisa com técnicas de escaneamento não invasivas.

Conforme explica Mostafa Waziri, chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, o corredor foi possivelmente construído para redistribuir o peso da pirâmide nos arredores da entrada principal a cerca de sete metros de distância.

Em um artigo publicado na revista científica Nature na última quinta-feira (02), os pesquisadores afirmam que a construção pode estar relacionada a uma misteriosa estrutura localizada em suas proximidades. Estudos acerca da descoberta poderiam contribuir para agregar maior conhecimento sobre a construção da pirâmide, segundo especialistas.

Acredita-se também que há cinco pavimentos acima da câmara funerária de Quéops, o segundo monarca da IV dinastia do Egito, e pretendem empregar mesmas técnicas de exploração não invasiva para obterem mais informações sobre a estrutura da pirâmide, utilizando raios cósmicos para criar mapas digitais do monumento.

A Grande Pirâmide de Gizé possui vários mistérios que ainda não foram desvendados. Em 2017, uma câmara gigantesca foi encontrada pelos cientistas do Scan Pyramids. A cavidade era tão espaçosa que poderia abrigar um avião de 200 passageiros em seu interior. Esse e outros segredos são alvo de investigações pelo grupo de pesquisadores.

Para as pesquisas, os especialistas utilizam termografia infravermelha e imagens de raios cósmicos para criar simulações em 3D que podem representar detalhadamente o interior das construções. “Vamos continuar nossa exploração para ver o que podemos descobrir sobre o corredor oculto”, disse Waziri em referência à Grande Pirâmide de Gizé.