O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo tomará medidas para conter a alta dos preços dos alimentos, uma das principais preocupações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Costa revelou que, no final de 2024, o presidente havia se reunido com representantes da rede de supermercados, onde foram discutidas medidas para o barateamento dos alimentos, as quais serão implementadas no primeiro bimestre de 2025.
Ações Para Combater a Inflação
De acordo com Rui Costa, as medidas visam controlar os preços dos alimentos, que têm sido uma das principais causas da inflação no Brasil. “Se quem está vendendo sabe que a pessoa está com um salário maior, o vendedor vai testando para ver se o consumidor se dispõe a pagar um preço maior. Se o consumidor não procurar muito, não pechinchar muito, isso tende a puxar uma elevação de preço”, explicou o ministro.
O plano de intervenção será debatido entre os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Fernando Haddad (Fazenda), e o próprio presidente Lula, para definir um conjunto de ações que busquem combater a inflação de forma eficaz.
Aumento da Inflação
O IBGE divulgou em 10 de janeiro que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, subiu 0,52% em dezembro de 2024, fechando o ano com alta acumulada de 4,83%, superando o teto da meta de inflação de 4,5%.
O grupo Alimentação e Bebidas foi o que mais contribuiu para o aumento da inflação, com uma variação de 1,18% em dezembro, impactando diretamente o bolso do consumidor. Além disso, o preço dos combustíveis e do vestuário também subiram.
Impacto no Preço da Carne
Outro destaque é o aumento no preço da carne bovina, que teve um disparo de 20,84% em 2024, sendo a maior elevação desde 2019. Cortes populares, como acém, patinho e lagarto, tiveram aumentos superiores a 20%, com o filé mignon, que o ministro Fernando Haddad espera que os brasileiros possam consumir até 2026, subindo 18,53%.
Com essas ações, o governo espera não só controlar a inflação, mas também garantir o acesso a alimentos básicos a uma população cada vez mais pressionada pelos altos preços.