O senador Marcos Do Val (Pode-ES) expôs a derrocada da democracia brasileira sob as arbitrariedades do ministro Alexandre de Moraes ao apresentar, durante reunião com o advogado colombiano Pedro Vaca, representante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), as inúmeras violações de direitos que vem sofrendo nos últimos dois anos. O encontro, que reuniu diversos parlamentares e ativistas de direita que também estão sendo perseguidos por Alexandre de Moraes, aconteceu nesta terça-feira, dia 11, no escritório da representação da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Brasília.

Na sua fala, Do Val pôde apresentar, ainda que de maneira resumida, evidências da perseguição ilegal e abusiva que vem sofrendo por parte do ministro Alexandre de Moraes desde junho de 2023. O cerceamento da sua liberdade de expressão, com o bloqueio das suas redes sociais, a multa impagável de 50 milhões de reais, o bloqueio do seu salário e da verba de gabinete, o bloqueio dos seus passaportes e a multa de R$ 50 mil por discursar no plenário do Senado Federal foram mostradas ao representante da CIDH como provas incontestáveis.

O senador viu a oportunidade de expor a derrocada da democracia brasileira ao mundo por meio da OEA como algo positivo, mas que deve ser analisada com cautela. Segundo ele, há dúvidas quanto a imparcialidade do representante da CIDH porque, ao contrário do que ditam as normas de bom-senso do processo investigativo, Pedro Vaca primeiro foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) ouvir os acusados de cometer as violações de direitos humanos e da liberdade de expressão para, só depois, encontrar-se com os parlamentares de direita.

Além disso, Marcos Do Val apontou que, no passado, o brasileiro Rodrigo Mudrovitsch, que é um dos juízes da CIDH que analisará o caso das milhares de violações de direitos humanos no Brasil no contexto dos acontecimentos pós Eleições Gerais de 2022, já teve ligações muito próximas com ministros do STF. O senador diz esperar que o relatório de Pedro Vaca à CIDH seja fiel aos fatos que lhe foram apresentados e que a OEA possa, enfim, manifestar-se contra os ataques à democracia brasileira que vêm sendo desferidos pelo STF.

O congressista, ademais, continua empenhado em denunciar ao resto do mundo os abusos cometidos contra os direitos humanos e a liberdade de expressão de brasileiros inocentes, na esperança de pôr um freio nos crimes do ministro Alexandre de Moraes.

Fonte: Assessoria de Imprensa (com adaptações)