Lançado no final do último mês de fevereiro, o jogo Like a Dragon: Ishin! traz de volta a série Yakuza, agora sob um novo nome da franquia, como um remake do game Ryu ga Gotoku Ishin!, lançado em 2014 com exclusividade para o Japão.

Será que esta nova roupagem do clássico da SEGA da década passada consegue entregar qualidades para os PCs e consoles de última geração? O TudoCelular testou a versão para Xbox Series X|S e conta os detalhes a você.

Começamos por um dos grandes pontos fortes do jogo: a história. Ela se passa nos anos 1860, com a ambientação do Japão Feudal. A trama retrata o país em sua abertura forçada ao Ocidente, quando o período marcado por classes de Samurai e Ronin chegava ao fim, enquanto as armas de fogo passavam a aparecer no local.

O jogador comanda o protagonista Sakamoto Ryoma, um ronin vindo de Tosa, que passa a ser acusado de ter assassinado o seu pai adotivo. Contudo, ele não cometeu o crime e passa a tentar descobrir quem realmente cometeu o homicídio.

Para chegar ao objetivo, Ryoma utiliza um pseudônimo e se infiltra no grupo em que o verdadeiro assassino faz parte. Esse contexto de morte, suspense e perseguição gera referências à franquia Yakuza.

A trama é composta por capítulos, os quais misturam momentos de cutscenes, diálogos e momentos de exploração do cenário e cenas de ação. Um ponto negativo aqui se trata da falta de localização em português. Ou seja, você terá no máximo as conversas em japonês, com legendas em inglês.

A jogabilidade também traz elementos dos Yakuza já conhecidos. Uma delas está no sistema de combate. O protagonista conta com quatro diferentes estilos de luta. Uma delas com socos e chutes; outra com a Katana; o terceiro atira nos inimigos com um revólver; e o último consiste na junção da Katana com a arma de fogo para gerar mais danos.

Uma dica para o progresso se trata de sempre carregar muitos itens de cura. Apesar de os combates comuns serem mais “tranquilos”, os chefes tendem a tirar muito mais vida do que os seus golpes. Portanto, vale também ser estratégico em Like a Dragon: Ishin!.

Os comandos não são difíceis. No começo do game, há um tutorial durante as primeiras batalhas, para ensinar qual botão tem cada intensidade de golpes – os combos funcionam ao pressioná-los repetidas vezes. Na exploração do ambiente, você terá apenas o “A” (Xbox) ou “X” (PlayStation) como principal para interagir com os elementos do cenário.

Há ainda os minigames, que vão desde quebrar lenha até o clássico Karaoke, para você ganhar itens importantes ao longo da campanha. Eles servem como uma quebra importante do enredo, para dar leveza e diversão ao jogador.

No geral, a mecânica não traz grandes novidades em relação ao título original. De toda a forma, a desenvolvedora soube atualizar bem o que podia do game antigo para as novas gerações e cumpriu a proposta de melhorar a experiência dos jogadores.

Em outras palavras, também não espere encontrar aqui as evoluções de jogabilidade encontradas na franquia Yakuza após o lançamento do jogo de 2014. São melhorias pontuais, porém sem incorporar o que veio no futuro.

Os gráficos de Like a Dragon: Ishin! agradam no geral e mostram um grande aprimoramento neste remake. As cutscenes são os principais momentos em que o visual foi melhorado. Cada cena exibida parece mais um filme do que um game, de tão detalhista.

Nos diálogos, sentimos uma queda na qualidade das texturas. Os detalhes dos personagens se perdem, o que torna a visualização mais artificial. Mas isso não afeta o design trabalhado dos cenários. De toda a forma, não sentimos qualquer queda de quadros ao longo da campanha.

Na parte da trilha sonora, é possível notar que todos os efeitos ajudam a deixar o ambiente mais imersivo. Seja pela dublagem original em japonês, ou pelos efeitos de passos de outras interações.

As músicas vão aparecer mais nos momentos de ação. Elas são colocadas de fundo, com volume abaixo dos efeitos de golpe, apenas para dar um toque de maior suspense, sem afetar na hora de escutar os movimentos durante as lutas.

Like a Dragon: Ishin! consegue entregar ao jogador uma experiência satisfatória no geral. A história agrada e leva a franquia ao período do Japão Feudal, com o fim da era dos Samurai e dos Ronin.

A boa ambientação é favorecida pelos gráficos bem elaborados nas cenas e nas construções do local. Os sons do game se unem ao visual para ampliar com sucesso a imersão do usuário.

Na parte de jogabilidade, destacamos as variadas formas de combate, que vão além do que a série Yakuza traz. Ou seja, ele traz elementos já conhecidos, porém com parte da sua mecânica única.

Vale a pena?

O jogo da SEGA pode ser adquirido para as plataformas PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC – via Steam –, pelo preço sugerido de R$ 299. Entendemos que um valor melhor seja algo próximo a R$ 200. Ou ainda uma opção consiste na compra de mídia física, que pode ser encontrada por custos inferiores.

Este título é amplamente recomendado para os fãs da série Yakuza, ou aqueles que gostam de uma ambientação histórica dentro do game.

Quais foram as suas impressões sobre “Like a Dragon: Ishin!”? Comente conosco!

*Agradecemos à assessoria do jogo por ceder uma cópia ao TudoCelular para esta análise!