Iriny cobra ações contra o racismo no país

A morte da designer Kathlen Romeu, 24 anos, vítima de uma bala perdida durante uma operação policial em uma comunidade da zona norte do Rio de Janeiro foi repercutida pela deputada Iriny Lopes (PT) em seu pronunciamento durante a sessão ordinária híbrida desta quarta-feira (9). A jovem era negra e estava grávida. A parlamentar citou o caso para cobrar ações efetivas das autoridades no combate ao racismo e na garantia dos direitos humanos.

“Uma moça grávida, linda, jovem, que tinha toda vida pela frente. Mas ela tinha uma marca, uma marca que está sendo um divisor de águas no tipo de tratamento dado aos moradores dos morros e das áreas periféricas do Brasil. Ela era negra e isso tem feito a diferença. Eu acho que nós já perdemos quatro gerações de jovens friamente assassinados pelo fato de serem negros e negras”, lamentou Iriny.

A deputada chama a atenção para a diferença do tratamento dado pelas autoridades policiais aos negros. “O Estado, através de suas forças policiais, tem adotado uma postura que nos deixa indignados. Não precisa ser militante de direitos humanos pra ficar indignado, basta ser humanitário. O caso da Kathlen, o caso de tantas pessoas, o que marca essas pessoas? A sua questão geracional, são jovens e a sua questão racial, são negros e negras”, alertou.

A situação no Espírito Santo também foi comentada pela parlamentar. “Eu acho que aqui no Estado do Espírito Santo, o governo estadual deveria ter um olhar diferenciado para essa questão. Nós vamos procurar o governo para conversar sobre essa quantidade de mortes que está ocorrendo no Estado, os maus-tratos, o modo da abordagem totalmente desumana e completamente fora dos padrões. É muito diferente a abordagem de uma pessoa negra para uma pessoa branca e é muito maior o número de pessoas negras mortas pelas forças do Estado do que o de pessoas brancas”, concluiu.

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