Definido como o Dia Internacional da Igualdade Feminina, 26 de agosto é uma data que reforça a necessidade de debate e de ações efetivas para alcançar a equidade nas mais diferentes esferas da sociedade.
A ideia de uma comemoração anual surgiu depois que o Partido Socialista da América organizou o Dia das Mulheres, em 20 de fevereiro de 1909, em Nova York — uma jornada de manifestação pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino.
É vergonhoso que em pleno século XXI, se discuta ainda sobre a igualdade de gênero. São salários menores, menos representatividade no cenário político, além da triste realidade da violência contra a mulher.
Em toda a história, mulheres de punho forte e corajosas, lutam pela tão sonhada igualdade feminina. Foram mulheres que incansavelmente estiveram à frente para que o quadro de hoje, seja bem diferente que o de antigamente, mas que há muito para se conquistar.
No Brasil, apenas há 58 anos as mulheres conquistaram o direito de exercerem uma profissão. A vitória, em 1962, ocorreu com a revogação do inciso VII do Artigo 242 do Código Civil Brasileiro de 1916 – em que o trabalho feminino estava sujeito à autorização do marido.
Segundo estudos, apesar dessa evolução observada nas últimas décadas, a desigualdade de gênero ainda é muito forte nos aspectos da vida social, como por exemplo, a questão econômica, claramente exposta com as diferenças salariais entre homens e mulheres que ocupam os mesmos cargos. Outro ponto muito questionado é o assédio sexual e moral no mercado de trabalho, além do preconceito em algumas áreas de atuação e o alto número de feminicídio.
Para muitas mulheres, a difícil luta contra o preconceito as tornaram mais corajosas, como é o caso da Senadora da República, Simone Tebet (MDB-MS), que chegou aonde estar rompendo tabus e conquistando o seu espaço. “Quanto a minha atuação, em muitas situações fui a primeira mulher a ocupar cargos eletivos. Muitas vezes, o sentimento de orgulho pela conquista, foi suplantado pela indignação e o inconformismo de ser a primeira em coisas tão elementares. Especialmente no início da minha carreira política. Fui vítima de violência política e episódios misóginos e entendi que precisávamos romper esse ciclo. Aos poucos fui aprendendo ser corajosa, a delimitar o meu espaço, diz Simone Tebet”.
Por fim, é importante ressaltar que a diversidade feminina é reconhecer que cada mulher é singular e a igualdade de gênero é pedir que a sociedade assuma uma dívida histórica e devolva o direito que o patriarcado suprimiu das mulheres.
Por Maysa Gomes – Portal Politica