O possível ingresso do deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) no governo Lula tem causado um verdadeiro rebuliço, deixando aliados e opositores em um frenesi. O ex-líder do MTST, agora deputado, pode ser o novo ministro da Secretaria Geral da Presidência, ou como alguns preferem chamar, o braço esquerdo do governo para articular com os movimentos sociais. Quem diria? O homem que construiu sua carreira com acampamentos e invasões agora pode estar prestes a ocupar o cargo de “articulador social” do país.
Gayer e Boulos: Uma Troca de Presentes “Educativos” no Twitter
Claro, como qualquer boa polêmica, o Twitter foi o palco perfeito para os dois lados se estranharem. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO), que parece achar que a política é mais uma questão de ataque e menos de debate, não perdeu a chance de cutucar o PSol e, claro, Boulos. Gayer tweetou: “LULA quer BOULOS em um ministério. Será que ele finalmente vai criar o Ministério dos Vagabundos Terroristas?” Uma verdadeira mensagem de paz e união, não é mesmo?
Boulos, sempre rápido com as palavras, não demorou nem 40 minutos para responder. “Não, esse ministério seria para gente bêbada que mata alguém atropelado como você, deputado.” Ah, Boulos, você não nos decepciona! E, claro, a provocação de Boulos remonta à história de Gayer, que foi envolvido em um acidente de trânsito com vítimas fatais em 2000, quando ele estava alcoolizado, um detalhe que Gayer tentou minimizar publicamente.
A Aposta de Lula e as Divisões Internas
Agora, voltando à teoria política por trás de tudo isso, a escolha de Boulos para o cargo de ministro não é tão simples quanto parece. Lula, com seu toque de mestre político, deseja que o ex-líder do MTST use sua habilidade de articular com movimentos sociais para fortalecer ainda mais o governo. Ah, claro, quem não quer um líder radical para representar o governo? Afinal, quem precisa de um centrão tranquilo quando se pode ter um ex-líder de invasões de prédios no comando da comunicação com movimentos sociais?
O fato de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, ter sido deslocada para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) em vez da Secretaria Geral foi um choque. Mas quem se importa com o PT não perdendo mais um pedaço do poder para o PSol, não é mesmo? Afinal, ter uma ala radical e outra mais moderada só ajuda a enriquecer o debate político.
A “Força” de Boulos no Governo: Ele Vai Mesmo Conseguir?
Embora seja claro que o cargo seria uma excelente oportunidade para Boulos ganhar um pouco mais de “musculatura política”, ninguém sabe ao certo o quanto ele conseguirá se encaixar nesse governo sem causar algum tipo de atrito interno. Mesmo depois de perder para Bruno Covas nas eleições para a Prefeitura de São Paulo nas duas últimas disputas, Boulos continua sendo considerado um dos principais quadros da esquerda. Mas será que ele tem realmente um papel relevante em um governo onde se discute até mesmo o tamanho dos ministérios?
Boulos, PT e a Possível Migração: O Drama do “Radicalismo”
Agora, se Boulos realmente for nomeado ministro, é claro que surgem os dilemas internos. O PT, que tem suas próprias batalhas internas sobre radicalismo e moderado, vai adorar mais um representante do PSol no governo, especialmente porque o PSol tem uma pasta já acima do tamanho que a sigla representaria na Câmara. O “radical” Boulos poderia trazer mais conflitos do que soluções, e todos sabemos que em ano eleitoral, uma turbulência política nunca é bem-vinda.
Mas e se ele mudar para o PT? Ah, isso sim poderia tirar a “pecha” de radical de Boulos e ainda o colocaria em uma posição mais confortável no cenário político nacional. O único problema seria perder o protagonismo que tem atualmente no PSol e perder aquela liberdade de criticar o PT sem culpa.
Conclusão: Mais Drama do que Solução
E aí está o grande dilema: o futuro de Boulos no governo de Lula é um thriller político. Com ironia e trocas de farpas nas redes sociais, ninguém pode realmente prever o impacto de sua possível nomeação. O PT e o PSol, que estavam quase em perfeita harmonia em 2022, agora precisam decidir se sua relação de “amizade política” pode sobreviver ao aumento das tensões internas e ao desejo de Lula de aumentar a base radical de seu governo.
Mas, independentemente do que aconteça, uma coisa é certa: Boulos e seus apoiadores, como sempre, sabem como manter os holofotes sobre eles — seja na política ou em uma boa discussão no Twitter.