Brasil se prepara para a cúpula de presidentes dos Parlamentos do G20

Com o lema “Parlamentos por um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”, o Brasil sedia de 6 a 8 de novembro, em Brasília; veja

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Criado em 2010, o grupo dos parlamentos dos países mais ricos do mundo (P20) debaterá propostas que ajudem a contribuir com questões globais. O G20 reúne os países com as maiores economias mundiais. Respectivamente, o P20 trabalha para orientar esses governos a partir da cooperação interparlamentar e da troca de informações. Pela primeira vez, o Brasil está à frente da presidência do grupo parlamentar, com mandato até 30 de novembro deste ano.

A Presidência brasileira do G20 definiu como temas prioritários o combate à fome, à pobreza e à desigualdade; as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental); e a reforma da governança global. Para a cúpula, que teve o seu formato atual definido em 2018, em Buenos Aires, foram convidadas 62 delegações de 35 países.

Vejamos

A 10ª Cúpula, a ser sediada nos prédios do Congresso Nacional, destinará os dias 7 e 8 de novembro para as sessões de trabalho, com debates a partir dos eixos prioritários do P20. O combate à fome, à pobreza e à desigualdade, problemas agravados por questões como conflitos, crises econômicas, eventos climáticos extremos, é o primeiro dos três temas a ser debatido.

As delegações deverão estar preparadas para refletir e dialogar sobre como os parlamentos podem auxiliar na definição de políticas que garantam a segurança alimentar e nutricional da população, por exemplo. Noutra frente, também no dia 7, será discutido o desenvolvimento socioambiental e a transição ecológica justa e inclusiva, incluindo a dimensão do enfrentamento a calamidades naturais e provocadas pela ação humana.

 

O Congresso Nacional é o Parlamento do Brasil, e une as duas Câmaras representativas; a sua sede fica em Brasília| Foto: Reprodução
O Congresso Nacional é o Parlamento do Brasil, e une as duas Câmaras representativas; a sua sede fica em Brasília| Foto: Reprodução

 

Por fim, no dia 8, os debates se debruçam sobre a governança global adaptada aos desafios do século 21. Aí, as delegações são incitadas a refletir sobre como os parlamentos podem influência na reforma da governança global em instituições como a ONU, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio (OMC), para que haja resultados mais mais efetivos, inclusivos, justos, equilibrados e sustentáveis quando se pensa em desenvolvimento.

Ao final desses trabalhos, deverá ser produzido, a partir de consenso entre os representantes parlamentares, um documento que será entregue à Cúpula de Líderes do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. O G20 concentra nada menos do que 85% do produto interno bruto (PIB) mundial e 75% do comércio internacional. Com dois terços de toda a população do planeta, compõem o grupo a União Africana e a União Europeia, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos da América, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.

 

Fonte: Agência Senado (com adaptações)

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