O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, nesta terça-feira (18), sobre a inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em duas condenações. Durante reunião com parlamentares da oposição no Senado, Bolsonaro questionou as razões que o levaram a ser declarado inelegível por oito anos e acusou o TSE de negar a democracia.
“Por que estou inelegível? Por me reunir com embaixadores? Por discursar no 7 de setembro? Por usar essa data para falar com eleitores?”, indagou Bolsonaro, destacando que o Tribunal Superior Eleitoral o condenou por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação em 2022, ao atacar o sistema eleitoral sem apresentar provas durante a reunião com embaixadores.
Segunda Condenação Por Abuso Durante Cerimônias do Bicentenário
O ex-presidente também foi novamente condenado à inelegibilidade por abuso de poder político e econômico em 2022, por ações realizadas durante o Bicentenário da Independência, em evento de campanha no 7 de setembro.
Mudança na Lei da Ficha Limpa
No Congresso, aliados de Bolsonaro articulam uma alteração na Lei da Ficha Limpa para reduzir o período de inelegibilidade de oito para dois anos. O deputado Bibo Nunes (PL-RS) é autor de um projeto de lei complementar (PLP) para viabilizar essa mudança.
Crítica à Interpretação da Lei da Ficha Limpa
Bolsonaro criticou a atual interpretação da Lei da Ficha Limpa, alegando que ela tem sido usada para beneficiar a esquerda e perseguir a direita, e reafirmou: “Não me deixar disputar as eleições é negar a democracia.”