O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (12) que se mantém, por enquanto, como candidato à presidência nas eleições de 2026. A declaração vem em um contexto em que o ex-presidente se encontra inelegível até 2030, devido a condenações por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
“Por enquanto, eu sou candidato”
Em um evento ao lado do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Bolsonaro reafirmou sua intenção de disputar o pleito de 2026, afirmando que outros nomes como Gusttavo Lima, Ronaldo Caiado e Romeu Zema têm seus próprios partidos e também têm suas próprias candidaturas. Ele ainda mencionou que a união de partidos no segundo turno seria uma solução vantajosa para o cenário político.
“Por enquanto, eu sou candidato. Eu acho até que seria bom os partidos lançarem seus candidatos. Num segundo turno, os partidos se unem, e um dos dois que passaram para o segundo turno, seria o melhor a se fazer”, disse Bolsonaro.
Denúncia da PGR e alegações de infundadas acusações
Bolsonaro também comentou sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que o inclui na acusação de tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente chamou as acusações de “completamente infundadas” e alegou que seus adversários tentam tirá-lo do cenário político.
“Querem me tirar do cenário político do ano que vem”, afirmou Bolsonaro, deixando claro que considera a denúncia sem fundamento.
Revogação das medidas cautelares de Valdemar Costa Neto
Na última terça-feira (11), o ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido de revogação das medidas cautelares contra o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Com essa decisão, Valdemar Costa Neto pôde retomar o contato com Bolsonaro e com militares, além de recuperar seu passaporte e permissão para sair do país. Ele também teve seus bens apreendidos devolvidos.
A defesa de Costa Neto argumentou que ele não foi denunciado pela PGR no contexto da tentativa de golpe, que envolve Bolsonaro e outros 33 acusados.